Medicina Convencional vs Medicina Não Convencional. Quando procurar alternativas?

O feedback de quem tem acompanhado o meu blogue tem sido inacreditável. Jamais imaginei chegar a tanta gente e ter a interação e partilha de tantas histórias protagonizadas por verdadeiros guerreiros. Afinal mais perto do que julgamos temos pessoas que sofrem em silêncio e conformadas de que já não há mais nada a fazer a não ser viver nesta condição: viver com dor crónica.

Eu não me revejo nessa forma de estar na vida. E se tenho tão presentes os 27 anos que vivi sem dor porquê não lutar todos os dias por isso? Vá! Talvez não seja 100% atingível mas que consiga chegar a um nível confortável e que o corpo fale só de vez em quando. Afinal o corpo quando nos fala é porque algo se passa. Aprendi a ouvi-lo.

Se não tivesse o registo na minha agenda de todos os tratamentos, consultas e treinos que tenho feito ao longo destes longos meses, eu própria já estaria completamente perdida na sequência exata de como tudo tem acontecido.

Já lá vão cerca de trinta avaliações por médicos diferentes. Dou por mim a levar cábulas para as consultas com as datas cronologicamente identificadas para não falhar nenhum detalhe importante. Já cheguei a este nível, vejam só! Eu própria se ouvisse isto da boca de alguém (neste caso lesse), talvez considerasse este comportamento pouco normal. Eu consigo ver isso na expressão que os médicos fazem cada vez que saco das minhas cábulas e preparo-me para despejar toda a informação. Eles esboçam inevitavelmente um sorriso, até os mais sisudos, acreditem!

O primeiro pensamento quase que aposto que será: “Esta não joga com o baralho todo!”. Mas depois é notável que só busco ajuda e felizmente o facto de ser profissional de saúde tem-me ajudado a ser compreendida em cerca de 95% das avaliações.

Com isto dispersei-me no que vos ia contar, mas achei que seria importante relatar estes pormenores/comportamentos que por mais que possam parecer bizarros, certamente serão semelhantes a tantos outros que vocês adotam no dia-a-dia e que aos olhos dos outros não têm sentido nenhum. Faz sentido? Partilhem a vossa opinião.

Quem tem acompanhado o meu percurso como “doente” por aqui, (se bem que doente por definição é “alguém que tem doença” e afinal eu não tenho diagnóstico. Não sei o que lhe chamar confesso, talvez portadora de uma dor anónima? Adiante…) deve certamente lembrar-se que safei-me a mais uma ida ao bloco por um suposto conflito femoroacetabular.

Apesar disso e dando predomínio à reabilitação com fisioterapia, osteopatia e treino, comecei por explorar e pesquisar sobre tantos outros tratamentos alternativos. Alguns até nunca tinha ouvido falar mas acabei por arriscar. Afinal se a medicina convencional não me dava respostas nem qualquer alívio da dor, não haveria muito a perder em procurar ajuda de uma forma mais sética para alguns. Para mim também confesso mas quando não obtemos respostas vamos nem que seja ao fim do mundo buscá-las.

Desde medicina quântica, quiropraxia, naturopatia, medicina chinesa, ozonoterapia, dietas isentas de glúten e de leite… Eu tentei de tudo! E se não o fizesse iria ficar naquela expectativa e ignorância do “e se a minha recuperação estiver ao alcance de uma destas áreas?”.

Fui, experimentei e a pergunta que se coloca é: acrescentei alguma coisa à minha recuperação? Na minha opinião, acho que não. Não menosprezo de todo todas as áreas que referi. Cada uma delas tem os seus princípios muito vincados mas acabam por se complementar e potenciar resultados favoráveis em determinados problemas de saúde certamente. Caso contrário, não ouviria tantos testemunhos positivos nas salas de espera por onde passei. Comigo não funcionou mas terei muito gosto em tirar-vos a curiosidade sobre que tipo de tratamentos realizei, se dói, se não dói, as mezinhas que tomei e tantas outras dúvidas que possam ter.

A aventura continua por aqui.