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Conflito Femoroacetabular

O Conflito Femoroacetabular é uma patologia da anca que, tal como o próprio nome indica, define-se pela presença de um conflito mecânico entre a cabeça do fémur e o acetábulo e consequentemente pode provocar lesões no labrum e na cartilagem acetabular. Esta patologia atinge cerca de 15% da população e é a causa de dor na anca mais frequente nos adultos jovens, nomeadamente nos desportistas (bailarinos, praticantes de artes marciais e de hóquei em patins, futebolistas, etc).

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Existem três tipos de Conflito Femoroacetabular:

  • CAM – Condição caracterizada pela presença de uma saliência óssea no colo do fémur, que irá travar o movimento do acetábulo à flexão e rotação interna da articulação da anca. (Fig. A)

  • PINCER – Condição caracterizada pelo excessivo envolvimento da cabeça do fémur pelo acetábulo. A existência de uma proeminência do rebordo acetabular leva ao choque repetitivo do colo femoral contra o labrum e o rebordo acetabular. (Fig. B)   

  • MISTO – Condição caracterizada quando existem alterações do acetábulo e do fémur em simultâneo.

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Alguns dos sintomas mais característicos são:

  • Dor na anca (associada normalmente a dor na virilha, na nádega, na coxa ou joelho. É caracterizada como uma dor em “C”),

  • A dor pode ser definida como um desconforto, um bloqueio, um “ressalto”,

  • A dor agrava com o sentar durante períodos prolongados e com o cruzar de perna,

  • A dor agrava com as atividades desportivas que requerem movimento de flexão, adução e rotação interna da articulação.

 

O diagnóstico é efetuado com base na história do doente, no exame físico complementados com exames de imagem, nomeadamente radiografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. No exame físico observa-se a limitação dos movimentos da anca, particularmente na rotação interna e na adução com a anca em flexão.  Para se considerar que o conflito é a causa da dor, é esperado que os testes provocatórios desencadeiem exatamente a dor que o doente refere habitualmente. As radiografias permitem observar alterações morfológicas ósseas da transição da cabeça-colo do fémur e/ou do acetábulo, enquanto que a ressonância magnética e a tomografia computadorizada (em versões específicas para patologias da anca, nomeadamente artro-ressonância e reconstrução 3D) permitem observar se existe lesão do labrum ou da cartilagem.

                                     

De um modo geral, o tempo de intervalo entre o aparecimento dos primeiros sintomas e o diagnóstico é longo. Por vezes, o tratamento médico não é adequadamente dirigido pela sintomatologia que o doente apresenta ser inespecífica ou induzir outro diagnóstico. As injeções intra-articulares guiadas por imagem podem ser diagnósticas e/ou terapêuticas. Podem ser administrados anestésicos de curta e de longa duração, corticóides ou ácido hialurónico. O objectivo da injeção terapêutica é diminuir a inflamação e assim diminuir os sintomas. Por sua vez, o diagnóstico visa identificar a fonte dos sintomas, nomeadamente confirmar se os sintomas têm origem no interior da articulação.

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O tratamento não cirúrgico passa por evitar movimentos que provoquem a dor, nomeadamente desportos de impacto, períodos prolongados em pé e períodos prolongados sentado em cadeiras muito baixas.

O tratamento cirúrgico pode ser realizado por via artroscópica, mas nos casos em que a deformidade é complexa e não acessível por esta via pode ser necessário realizar uma cirurgia aberta.

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